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Arquitetura: Novo Centro de Ciência de Museu Histórico de NY ganha forma

O Museu Americano de História Natural, em Nova York (EUA), abriu as porta do novo Centro Richard Gilder para a Ciência, Educação e Inovação. O edifício contemporâneo de fachada ondulada foi projetado pelo Studio Gang, da arquiteta americana Jeanne Gang.

Com mais de 21 mil m² de área, ele fica dentro do parque Theodore Roosevelt, na Columbus Avenue. A estrutura cheia de curvas com grandes aberturas de vidro na fachada é revestida de granito rosa Milford, a mesma pedra usada na famosa entrada do museu na Central Park West.

Os painéis de pedra foram dispostos na diagonal, em alusão às camadas geológicas da Terra e fazendo referência às paredes texturizadas de seu vizinho histórico, inaugurado em 1869.

“O Centro Gilder foi concebido para promover a exploração e a descoberta, atos que não são apenas emblemáticos da ciência, mas também uma parte essencial do que é o ser humano. O objetivo é atrair todas as pessoas – de todas as idades, origens e habilidades – para compartilhar a emoção de aprender sobre o mundo natural”, fala Jeanne.

Inspirado na natureza

Os elementos sinuosos da fachada se estendem para dentro do prédio, criando cenários inusitados e surpreendentes aos visitantes. O interior foi inspirado na forma como o vento e a água esculpem as paisagens da natureza.

Para ganhar as curvas intrigantes, ele foi construído de concreto projetado – técnica que usa moldes sob medida – e finalizado de forma manual.

O átrio central de cinco andares é o coração do Centro Gilder, de onde é possível acessar as diferentes áreas do prédio por meio de pontes e aberturas abobadadas. Banhado pela luz natural proveniente de grandes claraboias, o amplo espaço vertical ajuda na circulação de ar, tornando a construção energeticamente sustentável.

Quatro dos seis pavimentos são abertos ao público, que poderá apreciar acervos científicos e exposições. Dois andares são reservados aos pesquisadores. Há um restaurante, uma biblioteca e salas de aula de última geração.

Dentro do projeto, foram construídas 33 conexões entre dez edifícios diferentes para integrar todo o complexo do museu que se estende por quatro quarteirões.

“Ao entrar no grande átrio iluminado pela luz natural, é possível vislumbrar as diferentes exposições em vários níveis. Você pode deixar a curiosidade guiar sua exploração. Com as muitas novas conexões que a arquitetura cria entre os edifícios, fica mais fácil também navegar pelo campus do museu como um todo”, conta a arquiteta.

Acervo impressionante

Os visitantes poderão ver mais de 3 mil objetos das áreas de zoologia, paleontologia, geologia, antropologia e arqueologia, com materiais que vão desde pegadas de dinossauros até instrumentos astronômicos. Além de exposições, o centro abriga diversas experiências interativas e um acervo de quatro milhões de espécimes científicos.

No primeiro andar, há um insectário com 18 espécies vivas, uma colmeia gigante feita de resina e uma ponte suspensa transparente que abriga uma das maiores exposições de formigas-cortadeiras em ação do mundo. No segundo andar, fica o restaurante e o borboletário com cerca de mil borboletas que voam livremente.

No terceiro andar está o Mundos Invisíveis, uma experiência imersiva em 360 graus com projeções que combinam ciência e arte para mostrar como a vida na Terra está interconectada. No quarto andar está localizada a biblioteca, com uma das maiores coleções de obras sobre história natural do mundo.

O quinto e o sexto andares abrigam o Departamento de Ictiologia, com laboratórios especializados e um acervo de mais de 2,5 milhões de espécimes – um dos maiores do mundo –, e as áreas de educação do centro.

“Como cientista, me entusiasma saber que o Centro Gilder promoverá mais conscientização sobre os processos interdisciplinares da ciência e servirá como um potente incentivo para uma integração ainda mais profunda entre as pesquisas em curso do museu e nosso programa de exposições e iniciativas educacionais – enquanto inspira visitantes a apreciar e aprender como toda a vida na Terra está conectada”, fala Sean M. Decatur, presidente do Museu Americano de História Natural.

FONTE: revistacasaejardim.globo.com

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